segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

1ª Tentativa do 1º Ciclo de FIV

Oie gente! Chegamos em 2021!

Resolvi reorganizar as postagens relativas à FIV, por tentativas. Acho que fica mais organizado... Como vocês já sabem, tudo começou no mês de agosto de 2020. Foram basicamente 4 meses tomando altas doses de medicação, na tentativa de fazer o endométrio chegar num tamanho recomendável para fazer a implantação dos embriões.

Na segunda "leva" de medicação, já no mês de setembro, a Dra. queria fazer a implantação a fresco, o que significa fazer a fecundação in vitro e logo depois implantá-los no útero.  A partir de então foi uma correria, fazer a fresco é transferir embriões sem congelamento. Corri para terminar os exames de sangue, e Allan os exames dele. Logo depois, no dia que foram aspirados os óvulos da doadora, Allan foi lá e deixou o material dele para preparação dos embriões, nesse meio termo eu estava fazendo o controle do endométrio por meio de ultrassom, e vieram algumas medicações a mais. 

Comecei a tomar Viagra duas vezes ao dia, para melhorar a circulação da região uterina, Vitamina E, ASS e o aumento da dose do Primogyna. Não se assustem, pois é bem comum o uso do Viagra em tentantes com problemas de endométrio. E pela segunda vez, meu endométrio aumentou, mas não o suficiente. O endométrio está "bonitinho" palavras dela, trilaminar, sem problema nenhum, segundo o ultrassom, sem defeitos, mas precisa engrossar mais pra implantar com mais chances de dar certo. Então, não realizamos a FIV. E recomeçamos mais um ciclo. O que aconteceu condiz com o que as médicas de Brasília do grupo que faço parte, me falaram... Que, no meu caso, pode ser necessário 2 a 3 meses de medicação para que o útero fique "preparado". Que eu persistisse.

Eu já estava tomando o Utrogestan, outro hormônio (progesterona) que "ajuda na recepção" dos embriões, então continuei tomando ele por 5 dias, que segundo a médica ele induziria o sangramento, uma vez que meu corpo percebesse que não havia gravidez. E durante esse tempo, recebi a ligação da embriologista que disse que havia conseguido fertilizar 7 embriões, o que pareceu ser um bom número. Tentei encontrar algo sobre isso na internet mas não achei nada, afinal sou "Tentante FIV com ovodoação" de primeira viagem.

Dos 7 embriões, após 3 dias apenas 2 tiveram um desenvolvimento rápido e então foram congelados. Depois de mais 3 dias, mais 3 que estavam mais lentinhos se desenvolveram e também foram congelados. No total tenho 5 embriões para implantação, acho que a médica deve fazer 2 tentativas, uma com 2 e outra com 3, mas isso ainda não foi discutido. Acho que consegui um bom número de embriões!

Basicamente esse foi o resumo do que aconteceu de agosto até novembro. Não lembrei de anotar todas as medidas do desenvolvimento do endométrio, mas segue o que eu consegui anotar: 

1º Ciclo Menstrual Artificial 

13.08 - 2 mm >>  26.08 - 4 mm >> 31.08 - 6,9 mm

2º Ciclo Menstrual Artificial

06.09 - Sangramento >> 21.09 - 7,1 mm

3º Ciclo Menstrual Artificial

29.09 - Sangramento >> 02.10 - 3 mm >> 08.10 - 5,8 mm >> 13.10 - 7 mm

4º Ciclo Menstrual Artificial

22.10 - Sangramento >> 27.10 - 5,5 mm >> 03.11 - 6,7 mm + aplicação de PRP >> 05.11 - 7,6 mm >> 07.11 - 8,2 mm >> 11.11 - 8,8 mm + TEC  

Como vocês viram no resumo acima, no mês de novembro a Dra. Altina sugeriu a aplicação de PRP (Plasma Rico em Plaquetas), como eu já havia lido sobre isso na internet, decidi fazer. Apesar de não ter ainda a certeza de sua eficácia, não implica risco algum, pois é feito com seu próprio sangue, que vai pra uma centrífuga onde separam-se as plaquetas e o plasma e isso é aplicado dentro do útero (no meu caso) ou nos ovários. O PRP é utilizado em diversas áreas, no Brasil ainda em caráter experimental mas os pesquisadores estão escrevendo e pesquisando e acredito que em breve revolucionará muita coisa na medicina, é utilizado até para dermatologia. Clique aqui e aqui para saber mais sobre o que é PRP. No meu caso, claramente ele ajudou bastante! Foram retirados 2 tubos de sangue, aguardei uns 40 minutos, e aplicaram dentro do útero, e fui pra casa. Só tranquilidade.

No dia 11 de novembro (como coloquei nas datas lá em cima) fiz a TEC (Transferência de Embriões Congelados), tudo muito tranquilo. Ao chegar na clínica, foi preciso ficar com a bexiga cheia para poder visualizar no ultrassom a colocação dos embriões no útero. A equipe é maravilhosa, todas muito animadas, Allan entrou comigo pra ver a implantação e a embriologista me deu as "fotos" dos embriões, e decidimos que dois seriam colocados, apesar de minha idade permitir 3, mas como meu útero é pequeno não haveria espaço para 3. Funciona assim: + 20 anos - até 2 embriões, + 30 anos - até 3 embriões, + 40 anos - até 4 embriões. 

Embriões blastocistos implantados na FIV

Fui pra casa, vida normal, só evitar dirigir e coisas que exigiam muito esforço como ficar subindo e descendo escadas, ou pegar pesos... O dia 11, foi numa quarta-feira, lembro que na sexta-feira final da tarde, começo da noite comecei  a sentir cólicas, não era nada muito forte, mas um leve incômodo... No dia seguinte parou... Segui o restante dos dias sem sentir muita coisa, só um momento ou outro sentia uma cólicazinha leve. Mas 14 dias depois fiz o Beta HCG e deu negativo. 

É importante lembrar que pra mim nada nesse processo foi doloroso. E com isso não quero dizer que é algo fácil para qualquer um, cada um sabe da sua dor. Mas pra mim está "de boa". Eu já sei que não posso, e estou tentando. Falei com Dra. Altina e agora estou marcando uma histeroscopia. Vamos investigar se existe algum outro problema, já que no ultrassom o útero está ok. 

E seguimos! Que 2021 seja melhor que 2020!

Feliz Ano Novo.




sábado, 5 de setembro de 2020

"Descobrindo que é o mar azul"

Foram 13 dias tomando Primogyna para tentar a estimulação do endométrio... Por telefone, o pessoal da clínica entrou em contato comigo para saber se iríamos fazer a tentativa agora, ou esperar mais um pouco, pois já temos uma doadora com meu fenótipo e mesmo tipo sanguíneo. E decidimos tentar agora, não tem mais por que esperar. E como eu trabalho no Sertão, o ideal é aproveitar a quarentena para tentar engravidar, já que estou trabalhando remotamente, e não preciso viajar 624 km todo fim de semana (o dobro disso, contando a ida e a volta). 

Dia 26 de agosto, ultrassom marcado, e sim temos resposta! No último exame, o endométrio estava com 2 mm e após 13 dias de medicação passou para 4 mm, em algumas partes aproximadamente 5 mm. Saí de lá com um aumento da dosagem do mesmo remédio, pois a médica disse que ainda está fino, como se eu "tivesse acabado de menstruar". Ela praticamente triplicou a dosagem e fiquei de voltar no dia 31.

Dia 31 de agosto, um segundo ultrassom. E sim, conseguimos melhorar. O endométrio foi para 6.9 mm, ela considerou 7 mm. Ligou para Dra. Altina e decidiram passar uma segunda medicação com o objetivo de me fazer "sangrar". Vou tomar por 3 dias, e em torno de 3 a 4 dias após o último comprimido, o sangramento deve vir, e eu preciso comunicar na clínica quando acontecer. Nesse dia já me perguntaram sobre os exames, pediram para dar andamento e só não fazer o exame de zica, por ter validade de apenas 30 dias.

Desde então, fiz o exame de colposcopia e citologia, faltam os ultrassons de tireoide, mamas e axilas e transvaginal. E alguns exames de sangue. Allan também precisa fazer alguns exames, e no momento estamos resolvendo isso. São exames de praxe, para ter a certeza que está tudo certo comigo e que podemos iniciar a tentativa.

E você se pergunta, que título é esse, Milena? Allan me esperava dentro do carro no dia 31, quando fui fazer o primeiro ultrassom, estávamos na expectativa se haveria alguma resposta do endométrio à medicação, e quando entrei no carro para dar a notícia, ele ligou o carro e era essa música que estava cantando nesse trecho: "Felicidade... Brilha no ar...".  E o engraçado foi Allan comentar que a música que tocava naquele momento tinha tudo a ver com o clima, afinal estávamos felizes.

Mas vê, como a letra é bonita:


Não sei, parece que estamos descobrindo que o mar é azul...

É importante dizer que não estamos colocando todas as nossas expectativas nisso. É bom, é legal ver as pessoas e os parentes animados e torcendo. Mas estamos, Allan e eu, muito conscientes de que pode dar certo como também pode dar errado. E isso não é ser pessimista. Claro que queremos que dê certo. Mas saber que pode dar errado é importante para não ficarmos extremamente frustrados depois. Sem contar que ansiedade estraga tudo. Seguimos tranquilos, e com os pés no chão.

A música é meio brega, mas a letra é fofa. Geralmente músicas "caem" em determinados momentos na minha vida. Eu gosto disso. Como quando tocou uma música muito triste de Marisa Monte no dia que eu saí da clínica do outro médico e meus olhos encheram de lágrimas. Agora não lembro mais da música, e acho que não quero mais lembrar.


sexta-feira, 14 de agosto de 2020

"Persista", ela falou.

Na última vez que trouxe atualizações da vida pós CA foi em relação a última ida para um médico de fertilização em novembro de 2019. Deixei o exame anti-mulleriano (verificação de reserva ovariana) pra fazer em janeiro junto com a revisão oncológica.

Fiz o exame em janeiro e o resultado foi o esperado: 0,1. Porque não tinha como ser zero. Traduzindo: capacidade ovariana zerada. Mas isso era o esperado. Aproveito para trazer as atualizações da revisão oncológica de 2020, consegui fazer os exames e levá-los para Dra. Roberta antes da pandemia do Covid-19. Consegui até dar um beijo e abraço nela! Minha oncologista preferida! O vírus ainda não estava correndo solto pelo país, estávamos ainda em meados de fevereiro... Hoje sabemos que ele já estava no país, né? Mas em Recife ainda não havia uma potencial infecção.

A consulta para levar o exame ao médico de fertilização estava marcada para março, e como nesse tempo o Corona Vírus já estava oficialmente no país, eu desmarquei a consulta. Depois de 4 meses trancada dentro de casa, e conforme os números de casos de Covid-19 foram diminuindo em Recife e na RMR, decidi ir ao consultório, morrendo de medo, mas fui!

Levei o exame, cheia de esperanças e deu tudo errado. Saí de lá um triste, pois o médico disse que não tinha o que fazer e começou a falar que no meu caso só barriga de aluguel, perguntou se eu tinha irmã... Barriga de aluguel é um negócio meio complicado pra mim, não tenho irmã, e de mais de 40 netos da minha avó, eu sou a mais nova com 37 anos... Ou seja. Nem preciso entrar em detalhes, né...

De toda forma, não vou me estender muito... 

Fui pra casa, e como faço parte de um grupo de "tentantes" (mulheres que por algum problema não conseguem engravidar) pedi opinião das médicas que criaram o grupo e todas me disseram que mesmo com meu útero diminuído, deveria tentar a estimulação do endométrio. Que o médico anteriormente tinha dito que deveria fazer, mas depois mudou de ideia. Uma delas até perguntou quanto tinha de volume no último exame antes da menopausa precoce. Hoje meu útero tem aproximadamente 9 cm3 de volume e no último exame antes do CA tinha cerca de 30 cm3... Ou seja, ele está 3 vezes reduzido. Mas ele é um músculo e está atrofiado, por... Digamos assim, "inatividade".

No dia seguinte, marquei consulta em outra clínica. Uma que eu fui em 2015, para saber as possibilidades na época, a mesma médica disse que era possível tentar a FIV com óvulos doados, que havia passagem para implantação do embrião... Mas eu não voltei lá, pois esperei os 5 anos do CA, porque assim estaria totalmente curada para a medicina.

Nessa semana foi a consulta, e já estou tomando a medicação para estímulo do endométrio. A abordagem da médica é tentar, se não houver resposta, ainda pode aumentar a dosagem e ver o que acontece. Já marquei o primeiro ultrassom transvaginal, que deverá ser feito de forma seriada para acompanhar o possível crescimento.

Não quero e nem pretendo me encher de esperanças. Mas tentar tudo que está ao meu alcance é o mínimo que posso e quero fazer. Uma das médicas do grupo que faço parte me disse que o prazo dado pela médica de 13 dias de medicação para observar crescimento do endométrio ainda pode ser pouco, e se não houver crescimento, que eu não desista. "Persista". Ela falou.

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Frontoplastia | Parte 2

Antes de começar a falar sobre a cicatriz, na Parte 1 falei sobre a meia anti-trombose e não postei a foto, então segue a foto dela. A meia está inclusa no pacote e a orientação da médica é de utilizá-la durante o dia por 10 dias. Uma coisa importante a dizer é que Dra. Patrícia é muito organizada, e bastante atenciosa! Ela dá todas as recomendações em um papel escrito, não tem como se perder ou esquecer nada!


Meia anti-trombose
Kit com loção, vitaminas e pomada

Então vamos lá para as imagens do que mais me preocupava: a cicatriz. Após retirar os curativos, a orientação era lavar a cicatriz todos os dias com shampoo Johnson baby neutro, e secar bem. Como meu cabelo é fino, segui a dica de Mariana Dino, de usar o condicionador no comprimento primeiro, depois o shampoo na cicatriz... Ficava mais fácil de pentear, meu medo era doer muito. Quem tem cabelo fino e com luzes sabe do que estou falando. Da força que a gente coloca pra desembaraçar.


Cirurgia: 16 de março. Zoom da cicatriz ainda com os pontos 2 dias depois.

Eu deveria ter retornado na médica 3 dias depois para ela ver a cicatriz e depois voltar com 10 dias para retirar os pontos. Mas como minha cirurgia caiu no início da pandemia, fiquei com medo e doida para voltar pra casa, então pedi pra ir apenas uma vez e já retirar os pontos, resumindo: retirei os pontos com 8 dias (24/03/2020), e no mesmo dia voltei para Recife. Fiquei os 14 dias de quarentena em casa e deu tudo certo!


9 dias após a cirurgia. Sem pontos.

Cheguei em Recife no dia 24 de março, 7 dias após a cirurgia já podia usar a solução capilar no couro cabeludo, mas terminei começando após retirados os pontos, e o shampoo anti-queda 3 vezes por semana (pode ser qualquer marca, ela dá algumas opções). Para a vitamina capilar, a indicação era no dia seguinte após a cirurgia, ou seja, já vinha tomando desde o segundo dia, 1 hora após o almoço.

12 dias e 15 dias após a cirurgia (respectivamente). Atenção para os cabelinhos nascendo.

No dia 26 de março comecei a usar a pomada e o filtro solar na cicatriz. Hoje, 1 mês depois eu analiso que no começo estava usando pomada e protetor demais. E lembrei que a orientação da médica é que usar pomada demais não adianta, pois a pele só absorve uma quantidade X. A pomada na cicatriz passo 3 vezes durante o dia. A loção apenas à noite. O cabelo fica meio duro no dia seguinte, mas é normal. Não é obrigado lavar de novo. Segue mais evolução da cicatriz:

Dia 06 de Abril completaram 21 dias da cirurgia.

Conforme os dias foram passando a cicatriz foi ficando com esse tom avermelhado... De vez em quando sinto coçar, mas como ainda está dormente toda região até o topo da cabeça, é aquela sensação que quem já fez qualquer cirurgia já conhece. Você tenta coçar e não sente. Mas aos poucos sinto que a dormência vai indo embora. O que é absolutamente normal devido ao trauma sofrido na cirurgia.


A imagem ao lado coloquei apenas pra mostrar a evolução do crescimento do cabelo. E como eles começaram a crescer bem em cima da cicatriz mesmo. Pelo menos no meu caso, foi assim que aconteceu.

Não tive nenhuma queda de cabelo considerável. A médica deixou bem claro que isso acontece em alguns casos, não é maioria, mas pode acontecer. Logo no começo, depois da cirurgia, eu percebi que caíram uns fios de cabelo... De forma bem aleatória, mas nada anormal.

Durante todo esse período venho seguindo à risca o uso dos medicamentos que a médica passou. A queda de cabelo na região me preocupava muito. Mas não liguei muito por que sempre é possível dar um jeito. E felizmente no meu caso não aconteceu. Também comecei a observar que no nascimento dos cabelos, alguns estavam encravando. Eu não vi ninguém comentar disso, então vou falar na minha experiência. Eu acredito que como tenho uma pele que não é "de seda" é uma pele muito oleosa, sempre tive muito problemas com acne, e cravos, isso deve contribuir. Inclusive nessa última foto tem uma área mais escura, comecei a observar e vi que os cabelos estavam nascendo no sentido errado. Então, passei a ter mais preocupação em deixar a área muito limpa e usar uma quantidade menor de pomada e protetor solar, que por mais seco que seja, minha pele é extremamente oleosa. Não estava dolorido, mas quando passei a ter mais cuidados, lavando a região toda vez antes de colocar a pomada, senti que deu uma melhorada.


Como decidi usar a pomada e o protetor.

Lembro que quando fui tirar os pontos com Dra. Patrícia ela disse que a testa ainda diminui um pouco por conta do crescimento desses baby hair. Mas isso é algo que só poderei perceber daqui uns 6 meses ou até mesmo 1 ano. Porque realmente, no meu caso, eles cresceram bem em cima da cicatriz... E eu achei que cresceriam apenas rente a ela. Então realmente preciso esperar para ver o resultado definitivo.


Comparativo de crescimento dos baby hair e cicatriz após 1 mês de cirurgia.

Segue abaixo as fotos comparativas após um mês de cirurgia:






Eu realmente fiquei muito feliz com meu resultado. Sinto que o rosto está mais harmônico, mais feminino. Não precisa de uma testa minúscula, meu rosto é oval, comprido. Acho que ficou ideal! Falta ainda testar um batom com uma cor intensa e uns brincos bem bonitos. Acho que esse será o primeiro desafio. Já saio na rua naturalmente, coloco o cabelo de lado pra esconder a cicatriz. E pronto. Nunca tinha usado cabelo no meio, e achei que ficou ótimo! 

Sobre prender o cabelo, no começo eu sentia um certo desconforto, depois de um tempo mesmo que eu colocasse algo frouxo ou prendesse a metade do cabelo, sentia um pouco, incomodava. Mas com o passar do tempo isso foi passando. Em casa, estou quase sempre com ele preso. Lavo, depois que seca eu prendo. Aqui em Recife é quente demais, e é impossível ficar com cabelo solto. Eu, pelo menos não suporto o calor, então faço um coque frouxinho de boa, e não me incomoda nem um pouco.

No final deste ano, ou no início do próximo pretendo voltar à São Paulo, e vou no consultório para Dra. Patrícia ver pessoalmente como ficou. Enquanto isso vou mandar as fotos pra ela também dar uma olhada, mas pessoalmente é melhor né? Vou deixar aqui os contatos dela, ela é bem acessível, e sempre posta informações sobre a Frontoplastia. 

Dra. Patrícia MarquesInstagram: @dra_patricia-marques
Site: https://www.drapatriciamarques.com.br
Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=2mssKdmjYZk

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Frontoplastia | Parte 1

Que jeito de iniciar o ano de 2020 por aqui! Confesso que tenho novidades que ainda não postei... Sobre a revisão oncológica deste ano, mas vai ficar para depois, por que no momento preciso dar uma paradinha pra contar aqui a realização de um sonho.

Hoje faz um mês da minha cirurgia de Frontoplastia. No começo não queria divulgar nada, mas é sempre aquela coisa, me coloco no lugar das outras pessoas, penso como em outras situações tudo que eu queria era um relato de alguém passando pelo mesmo que eu, então... Voilà!


A testa era uma coisa que sempre me incomodou, desde os 10 anos de idade aproximadamente... Eu usava franjas horrorosas pra tentar esconder. Horrorosas por que meu cabelo é cacheado, e uma criança com 10 anos de idade não tem lá tanta habilidade né, então eu fazia o que podia... Quando aprendi a fazer touca (truque muito conhecido por quem não tem condições financeiras de pagar escovas e chapinhas), conseguia uma franjinha mais legal... E foi assim até a idade adulta. 


Atualmente eu vivia a base de todo tipo de escova, progressiva, inteligente, botox, selagem... Com um único objetivo, manter uma franja lateral que pudesse esconder um pouco a testa. Não tinha nada contra meu cabelo cacheado/ondulado, mas sem ele liso não tinha condições... A sensação era de um rosto masculinizado e pra piorar, tenho muita cicatriz de acne, dos 3 tipos (Ice pick, Boxcar e Rolling).


Completamente insegura, não usava nada que evidenciasse meu rosto, batom com cor mais forte, brinco grande etc. Na minha cabeça bastava uma coisa no meu rosto pra que minha testa ficasse evidente, e também não conseguia ver harmonia entre esses itens e meu rosto quando me olhava no espelho. Principalmente por que entendo vários nadas sobre maquiagem. Em certos momentos na minha vida eu evitava até levantar muito o rosto... Você se esconde, de uma forma muito louca, nem sei como explicar direito. Não importava quantas pessoas dissessem que "não era nada demais", por que eu nunca me importei com o que as pessoas falavam. Me importo com o que eu vejo no espelho, e como me sinto.

Então, desde que existe internet e Google na minha vida, vez por outra eu me via pesquisando "como reduzir testa", pesquisava cirurgias, e nada, só encontrava coisas fora do Brasil. Foi quando em 2019 no meio de mais uma pesquisa desse tipo, encontrei Karen Portela no Youtube. Lembro que fiquei doida... Vi esse vídeo várias vezes, mas ainda sentia insegurança, pela estrutura do cabelo dela ser diferente do meu, pensava na cicatriz, que não ia esconder direito, e ela era de São Paulo. Tudo muito "longe" pra mim.


Depois de um tempo, pesquisando novamente (por que a gente que tem a testa grande vive pesquisando sobre isso no google...). Sad, but true. Encontrei Mariana Dino no Youtube. Foi aí que me enchi de esperanças, pois o cabelo dela já era mais parecido. Mostrei pra minha cunhada (esposa do meu irmão), que é médica, conversei com ela. E decidi. Comecei então a pesquisar sobre a cirurgiã que operou Mari Dino. Era a mesma médica que tinha feito as duas cirurgias, a dela e a de Karen, Dra. Patrícia Marques. Segui no Instagram da Dra, perguntei coisas lá, perguntei coisas a Mari Dino. E marquei minha consulta para novembro de 2019. Meu irmão mora em São Paulo, e praticamente todo ano eu os visito, então aproveitei e fiz as duas coisas. Fui lá com a cara, a coragem e uma listinha com perguntas pra fazer a médica! 

Sobre contar a alguém... Minha cunhada, acho que foi a primeira, e nunca em nenhum momento me recriminou em nada, só acha que sou muito corajosa kkkkkk. É uma pessoa que tenho muita segurança em conversar, e em perguntar as coisas. Por ser médica, e ser uma cirurgia ela foi meu primeiro porto seguro! Precisava do apoio do meu irmão e minha cunhada, por que era na casa deles que iria passar o pós-operatório. E eles me deram todo apoio e suporte. Eternamente grata! <3 Depois, falei com minha mãe, que me apoia em tudo, me entende, é o meu amor! E meu marido foi o único que não me deu apoio, um misto de medo de cirurgias e não ligar muito pra nada, enfim. Por ele, eu não faria. Mas como eu sempre digo, não estamos aqui para agradar ninguém, mas sim a nós mesmos. Se o meu coração e minha mente estão em paz ou ficarão em paz e tranquilos, o resto é consequência.  


Final de 2019, fui pra consulta e tirei todas as minhas dúvidas. Recomendo. Desde já, vá anotando tudo que você quer saber, e no dia da consulta tire todas as dúvidas. Dra. Patrícia é uma pessoa muito tranquila e verdadeira, me senti muito à vontade com ela. E saí do consultório já com as guias para fazer os exames. Voltei pra Pernambuco já pensando em como fazer... É importante dizer aqui que não estou orientando ninguém a fazer a cirurgia. Estou contando a minha experiência, para quem sabe ajudar alguém que decidiu fazer também. Cirurgia é coisa séria, plástica então... Nem se fala. Você precisa estar muito seguro do que quer para não se frustrar depois.

Em janeiro de 2020 comecei os contatos para acertar a cirurgia. A secretária de Dra. Patrícia é uma pessoa maravilhosa e com muita paciência! Foi com ela que acertei tudo! Muito obrigada, Paula! Pelo WhatsApp fui resolvendo tudo, pagamento, agendamento da volta das consultas, agendamento com o hospital, mostrei o resultado dos exames (fiz todos em Recife, pelo meu plano). Escolhi o Hospital da Plástica, por ser um hospital menor, logo, risco de infecção menor. Na minha rinoplastia que fiz em Recife, também escolhi um hospital de pequeno porte. Como não tenho nenhum problema grave de saúde, foi tranquilo pra mim. Lembrando que isso é algo muito pessoal, você é quem decide e é bom analisar, se tiver dúvidas converse com seu(s) médico(s).


Dia da cirurgia! Foi tudo muito tranquilo, estava marcada para às 12h. Cheguei no hospital às 10h. Dra. Patrícia foi até o quarto, falou comigo, entregou as recomendações e o kit (pomada, loção e vitamina capilar) para usar após a cirurgia. Também já me deixou com a meia de compressão, que vesti e já fui pra cirurgia com ela. Foi lá que ela tirou as fotos e fez a marcação do quanto pretendia retirar, algo entre 2cm e 2,5cm. Na consulta que fiz em novembro ela mediu, eu confesso que não lembro direito, mas se não me engano, eu tinha entre 8cm e 8,5cm de testa... Devia ser por aí, e os outros terços entre 6cm e 6,5cm cada. Na verdade, nunca me importei com os números, por que o importante era tornar meu rosto harmônico, pra mim era o suficiente.


Dia 16.03: Cirurgia | Dia 17.03: Em casa com curativo | Dia 18.03: Retirada dos curativos ainda com pontos

A cirurgia durou aproximadamente 90 minutos, com anestesia geral. Sobre anestesia geral, essa é a terceira vez pra mim. Na primeira cirurgia que fiz com duração de 3:30h, acordei vomitando; na segunda, que durou 1h, acordei com desconforto na garganta, e nessa vez não senti nada ao acordar. No mesmo dia tive alta, e fui pra casa do meu irmão por volta das 17h. Não senti dor, nada. O que me incomodou no pós foram só os curativos, achei bem apertado e comprimia minhas orelhas, e como sou acostumada a dormir de lado, foi meio chato os dois primeiros dias, mas nada insuportável. A cirurgia do nariz foi mais dolorosa. 

Tomei remédio para dor, e todos os cuidados que a médica passou. Quando retirei os curativos, 2 dias depois, foi um alívio, principalmente para minhas orelhas!  Tomei um banho maravilhoso de cabeça, usando o shampoo Johnson baby neutro, a recomendação é utilizá-lo nos 10 primeiros dias. Lavava todos os dias e secava bem a cicatriz. Sem os curativos, ali mesmo já achei que a cirurgia tinha ficado ótima! Cabelo no meio, cabelo de lado, minha testa já estava perfeita, naquele momento eu já sentia que meu rosto estava harmônico, que ele estava como sempre deveria ser! E já fiquei extremamente feliz.

Na Parte 2 vocês acompanham o resto, por que é muita informação e ficaria muito longo!
Seguem abaixo os dados que citei:

Instagram:
Karen Portela: @karenportela
Mariana Dino: @blogmarianadino
Dra. Patrícia Marques: @dra_patricia_marques

Youtube:
Frontoplastia Karen Portela: https://www.youtube.com/watch?v=q_W4AHf5yL0
Frontoplastia Mariana Dino: https://www.youtube.com/watch?v=CAUadD7llvw&t=28s
Dra. Patrícia Marques: https://www.youtube.com/watch?v=2mssKdmjYZk

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Azedume! "...com respeito trate a minha dor"

Uau!

Última vez que postei aqui foi em 2018. Como já comentei aqui antes... Sinal que a vida tá acontecendo, e corrida. Tem gente que acha bom... Eu também achava, ultimamente tenho mudado de ideia. A vida tem ficado cada vez mais intensa e cansativa, faço viagens rotineiras para trabalhar, e não tenho mais tempo para cozinhar ou limpar a casa. No momento nem quero detalhar a rotina, estou cansada e fazer isso me deixará ainda mais cansada.

Resolvi voltar pois preciso atualizar "essa vida". Novos projetos vêm sendo planejados por mim... Estou cansada de tanta dificuldade que essa vida me faz passar, estou em busca de algo mais leve.

Parece que a busca nunca acaba. Parece que sempre preciso recomeçar e que nunca termino nada, porque afinal, nunca comecei o que realmente quis, porque essa vida nunca me deixou seguir o caminho que eu sempre quis. Daí estou com novos planos e apreensiva... "Qual será a rasteira dessa vez?". Até postei sobre isso no Instagram, algumas pessoas vieram conversar, mas não conseguiram me convencer.

Mês passado fui ao ginecologista especialista em reprodução humana, e descobri que ele atende pelo meu plano, ou seja, ficarei fazendo acompanhamento anual/semestral com ele. E já adiantando as novidades, falei que quero começar a preparar "o terreno" pra tentar a FIV (Fertilização In Vitro) com óvulos doados. Nem quero saber que ainda estou trabalhando a 624km de casa (9h de viagem de ônibus, ida e volta, duas vezes por semana), se acontecer dou um jeito, pois minha filosofia é: "enquanto fico esperando as CNTP (condições normais de temperatura e pressão) a vida vai passando, amanhã morri e aí? Deixa isso pra quem tem a vida "perfeitinha" e consegue fazer quase tudo que planejou, já que eu não consigo. Melhor assim. Sim, essa sua vida cheia de coisa errada e problemas, por mim é considerada perfeitinha. Se você não teve um câncer na vida, pra mim é uma vida perfeitinha sim, tenho muita inveja de você. Mas calma, nada que vá te dar um mal olhado.

Na consulta, retomamos as medicações com a TRH (Terapia de Reposição Hormonal) de hormônio sintético, com redução das miligramas. Já são 6 anos de reposição. É um remédio que ajuda também na libido, porque pra quem não sabe, a menopausa acaba um pouco com isso também...  A osteoporose, de acordo com o último exame, se foi, mas continuo com osteopenia na lombar e fêmur. Pra finalizar, ele passou um exame chamado Hormônio Anti-Mulleriano. Esse exame serve pra fazer uma "verificação" da reserva ovariana. Obviamente minha reserva deve ser um zero bem redondinho, mas ele disse que é preciso documentar isso para partir para o próximo passo. Devo fazer o exame em dezembro, e levar pra ele em janeiro. Ah! Em 2018 a sociedade brasileira do climatério se reuniu, e segundo o médico eles se reúnem a cada 4 anos, e entraram em consenso de que a mulher que possui FOP (Falência Ovariana Precoce) deve fazer a TRH até provavelmente a idade em que a mãe entrou na menopausa. Como também fui premiada aí, minha mãe teve CA de mama antes da menopausa, então não temos uma idade para seguir, mas ela teve o CA aos 46, e a média de idade da mulher brasileira que entra na menopausa é de 50 anos, ou seja, devo fazer a reposição até essa idade... Pelo menos 10 anos pela frente. 

Sério, hoje estou meio "azeda", então nem comecem com o papo de "tuuuuudo pode acontecer", gente, não tem óvulo... Normal, aceitem. Eu já aceitei. Não vou ficar criando esperança onde não existe. E tudo bem, não vou ficar sofrendo pelos cantos. Hoje estou mais azeda que o normal, talvez porque outra coisa que eu estava fazendo (realizando um sonho) deu ruim. Mas, nada fora do previsto, não é mesmo? Se não fosse assim não seria a minha vida, óbvio.

Vou ficar por aqui, as outras novidades conto depois. E diferente das outras vezes voltarei a dar notícias com mais frequência, afinal isso aqui também é terapia, o feedback das pessoas é terapia. E faz com que minha vida não seja tão tronxa e sem sentido.

Beijitos!
Amo vocês, de verdade!

quarta-feira, 27 de junho de 2018

A sua vesícula fica no seu lado direito do corpo.

Genteducéu!

Deixei vocês sem notícias desde novembro do ano passado! Que feio! Mas para tudo há uma explicação, não é mesmo?! Minha vida mudou um pouco do ano passado pra cá, como vocês sabem estou trabalhando em outra cidade, à 624 km de casa, o que implica cerca de 10 horas de viagem de ônibus até chegar em casa nos finais de semana. Mas vamos que vamos!

Trouxe uma novidade! Aquele pólipo que estava crescendo na minha vesícula já não me pertence mais! Fiz a cirurgia na semana passada! E trouxe "ibagens" pra vocês!

Colecistectomia com curativos
Colecistectomia sem curativos
O nome da cirurgia é Colecistectomia, foi por vídeo e ficam só esses quatro cortezinhos, o que não quer dizer que não doem, incomodam bastante, mas nada comparado com a cirurgia que fiz do intestino, por exemplo... Tanto é, que recebi apenas 14 dias de molho. E 30 dias sem praticar atividades físicas (Sem Pilates... snif snif). Mas o que está me incomodando até agora é a reação alérgica que tive à entubação, coisa que não tive na cirurgia do intestino, onde fiquei entubada por 3h e 30 min. Nessa, foram só 40 min, mas quando acordei a garganta fechava e um lado da boca estava meio inchado como se fossem aftas... Com o tempo foi melhorando, mas até agora estou com uma secreção como se a garganta estivesse inflamada.

Fora isso, dorzinha de leve ao levantar, leve incômodo nos cortes, não posso me abaixar e nem pegar pesos, se sinto muita dor tomo um analgésico e logo passa. É uma cirurgia bem comum, simples e com ótima recuperação, quem precisar fazer, não tenha medo é super tranquilo. Minha alimentação não muda muito né, já vivia nesse esquema de não comer frituras e coisas gordurosas. Ah, dando uma rápida explicação sobre esse órgão, a vesícula biliar tem a função de armazenar a bile que o fígado libera, e a bile serve para quebrar as gorduras. Sem a vesícula, nosso fígado continua produzindo a bile, a diferença é que ela não é mais armazenada, e embora o corpo se adapte com isso, é bom evitar frituras e gorduras. 

Mas o que importa mesmo é que na próxima revisão oncológica, em 2019, não terei mais pólipo nenhum, uma preocupação a menos nessa vida! De resto, o usual... Tenho tomado a medicação para tratar a osteoporose, e este ano ainda teremos a ida à ginecologista para ver como está a minha lombar, através da densitometria óssea. Como pendência, além disso, preciso encontrar um novo médico coloproctologista, pois a que me atendia saiu da Unimed assim como o meu cirurgião.

É isso! Felicidade define! Só faltam essas duas pendências e me livro de médicos até o ano que vem!
Beijos e abraços! Até a próxima!